A noção de egocentrismo desempenha papel essencial na
epistemologia genética de Piaget, pois, implica a noção de centração e descentração, isto é, a capacidade da
criança de considerar a realidade externa dos objetos como diferentes de si
mesma e de um ponto de vista diverso do seu. Em seu livro Epistemologia
Genética, Piaget diz: "O termo
“egocentrismo radical” de que nos valemos para designar esta centração pode, ao
invés (malgrado nossas precauções), parecer evocar um eu consciente (e é ainda
mais o caso do “narcisismo” freudiano ao passo que se trata de um narcisismo em
Narciso)", (1983).
O egocentrismo na linguagem infantil implica a ausência da nescessidade,
por parte da criança de explicar aquilo que diz, por ter certeza de estar sendo
compreendida. Dessa forma, o pensamento infantil é transdutível, indo do
particular para o particular e seu pensamento é pré-lógico, pré-causal, mágico,
animista e artificialista.
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