Muitas vezes vivenciamos sonhos.
Mas todo sonho acaba.
E o que fica, são as lembranças.
Por isso, devemos aproveitar o presente sem se preocupar com o passado.
Pq no futuro aparecerão novos sonhos.


Danny

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21 de outubro de 2011

O Bullying da catapora


Gostaria de compartilhar com vocês, algo que está me incomodando um pouco. Aliás, um pouco não, muito.

A duas semanas fiquei de catapora, aquela virose que normalmente aparece nas crianças e que tem como principal característica as manchinhas avermelhadas na pele.

Assim que descobri, fui de imediato para o hospital, onde fui examinada e medicada, a médica me deu o atestado de inúmeros dias para que não fosse trabalhar, devido o risco de contágio.

Passado esse período, retornei ao hospital para verificar se já estava tudo bem e se já poderia voltar ao trabalho. Já sem nenhuma marca e sem nenhum sintoma, a médica me liberou e disse que eu poderia voltar para todas as minhas atividades normais, pois já estava boa e curada.

Começou meu sofrimento. 

Assim que cheguei na empresa me deparei com uma colega de trabalho que de imediato me olhou e disse:
_Você já voltou foi?  Ah! Eu vou para casa desse jeito. Kkkkk

Fingi que levei na brincadeira e continuei, fui entrando e falando com algumas pessoas agradáveis que a muito não via. Quando fui chegando na sala, percebi que a mesma colega que me encontrou na entrada, estava conversando com as demais sobre a minha volta para a empresa e o medo do contágio.

Sem querer procurar problema, falei com todas de longe e sentei um pouco ditante com mais nojo delas do que elas de mim. Uma outra colega, que parecia não ter gostado dos comentários, me perguntou como estava e me deu algumas orientações amáveis.
Algum tempo depois, chegou outra companheira de trabalho que veio logo em minha direção e me abraçou, feliz em me ver boa. Era visível no rosto das demais colegas a apreensão e o medo das consequências daquele abraço.

O pior foi a coordenadora que assim que me viu disparou logo:
_Afe Maria você já voltou foi? Não encoste em mim não.

 Durante o decorrer do dia, tentei explicar que já estava realmente boa e que não precisavam se preocupar,  pois não sofria mais o risco de contágio. Além disso, entre sorrisos e brincadeiras, deixei bem claro que aquilo era bullying e que poderia processar cada uma.

Sinceramente. Fico enojada com atitudes como essa.
Tenho pena dessas pessoas que aparentemente tem o corpo bem vestido e alinhado e que possui a alma mais fedorenta do que peixe podre.

Desculpe as palavras mas fico indignada.

Mas como sempre digo, tudo nessa vida é aprendizagem. Agora eu sei como se sentem aquelas pessoas com doenças incuráveis. Realmente, o preconceito é o pior veneno para o doente.

3 comentários:

  1. É difícil realmente passar por uma situação como essas. As pessoas desinformadas têm uma concepção fragmentada sobre esse tipo de doença. Percebe-se o quanto são tão preconceituosas e fingidas. Imagine como se sente uma pessoa enferma ou um mendigo. Lembro quando queria tanto te ver e meus pais diziam que ia pegar a doença, foi uma sensação horrível pra mim imagine pra você. Quando essa situação ocorre por falta de conhecimentos eu ainda entendo, mas quando pessoas que se dizem escolarizadas têm reações ignorantes é difícil de aturar.

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  2. Pois é titia, mas a situação é perfeita para percebermos as pessoas que realmente são nossos amigos. Analisando essas pessoas fica ainda mais presente em mim a certeza de que classe social e "religião" não significam nada.

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