Muitas vezes vivenciamos sonhos.
Mas todo sonho acaba.
E o que fica, são as lembranças.
Por isso, devemos aproveitar o presente sem se preocupar com o passado.
Pq no futuro aparecerão novos sonhos.


Danny

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20 de abril de 2012

Problemas de Aprendizagem e Dificuldades Escolares


1.    Introdução





O maior conflito de muitos educadores atualmente, ainda é a dificuldade em trabalhar com a heterogeneidade nas salas de aula, principalmente quando se refere à inclusão de crianças com problemas de aprendizagem. Ana Gómes e Nora Terán, no livro Dificuldades de Aprendizagem nos esclarecem:
Os problemas de aprendizagem procedem essencialmente da capacidade de conceitualizar e processar a informação, assim como do desenvolvimento das destrezas. As habilidades afetadas com maior frequência são: leitura, escrita, processamento auditivo e da fala, raciocínio e matemática. (2009, p.7)

O que percebemos como problemas de aprendizagem, são causados por diferenças no funcionamento cerebral. Ou seja, as crianças com problemas de aprendizagem não são burras ou preguiçosas, geralmente estas possuem um nível similar ou superior às outras pessoas. A questão encontra-se na razão de que seus cérebros possuem formas diferentes de processamento das informações.
Analisando as afirmativas acima, podemos chegar à conclusão de que o fato de determinadas crianças processarem o conhecimento de formas diferentes não tornam tais crianças incapazes.

12.    Aprendizagem



O sujeito aprende através do seu corpo, suas emoções, sua capacidade intelectual e seu esquema referencial. “Ao aprender o sujeito descobre a si mesmo ao distinguir-se como um eu diferente dos demais e do mundo” (Gómes e Terán p.85).
A primeira interação do sujeito com o mundo acontece através da intermediação de sua mãe. Onde, através dos cuidados maternos, como a amamentação e a higienização, a mãe apresenta para a criança o seu primeiro eu: o eu corporal.
Aos poucos o bebê vai percebendo os objetos que o redeia, o não - eu. “O objeto adquire significado na consciência, mediante as relações e a possibilidade de categorizá-lo para que este seja compreensível” (Gómes e Terán p. 85). Assim, nesta interação do bebê com a mãe e com os objetos que a rodeiam, este estrutura suas capacidades individuais e sua atitude frente ao mundo, assimilando e acomodando essas novas informações: Aprendendo.


3.    As crianças com problemas de aprendizagem nas salas de aula. 




Reconhecemos a importância da intervenção pedagógica na construção do conhecimento dos sujeitos. Pois, é o professor que acompanha o raciocínio dos educandos e media a sua interação com o objeto, ajudando-o a dar sentido e significado a este objeto de investigação.
No entanto, o grande desafio atualmente das Unidades escolares refere-se a real inclusão das crianças com problemas de aprendizagem. Ao observar o cotidiano de uma sala de aula, fica visível o quanto sofre esta criança, muitas vezes vista, pelo professor e pelos colegas, como lenta.
Estas crianças sofrem por não conseguirem realizar as mesmas atividades que os demais colegas, assim como, com a desvalorização que percebe no olhar do outro: “o fracasso toca o ser íntimo e o ser pessoal da pessoa, levando em consideração o lugar que tem o sucesso social no mundo em que vivemos hoje” (Gómes e Terán p.91).
Essas crianças são encontradas em todas as salas de aula: indivíduos que tem capacidades necessárias, mas que não conseguem atingir o mesmo rendimento dos demais colegas, pois não processam o conhecimento da mesma maneira. Será que o problema de aprendizagem é uma dificuldade inerente do aluno e que a escola não tem nenhuma responsabilidade?

4.    O papel da escola





Ambientes pedagógicos saudáveis tem uma funcionalidade terapêutica e vigorosa para as crianças com problemas de aprendizagem. Pois é perceptível o desenvolvimento destas crianças quando imersas num ambiente acolhedor que conhece e avalia cada um de seus educandos de forma qualitativa e não quantitativa, sempre valorizando o que este já aprendeu e não o que ainda não sabe. Gómes e Terán nos relatam:

O futuro destas crianças está nas mãos das pessoas que estão ao seu lado na aprendizagem; a confiança em si mesma, a capacidade de tomar decisões, a habilidade para resolver problemas, a autonomia, a motivação para atingir objetivos dependerá da forma como elas foram apoiadas. (2009, p. 194).

Assim, o principal papel das instituições de ensino, é auxiliar as crianças com problemas de aprendizagem a perceberem o seu potencial e suas capacidades, reconhecendo que todas as pessoas possuem maneiras próprias de aprender “e que sua energia pode ser encaminhada para encontrar estratégias adequadas para sua aprendizagem, ao invés de buscar formas de esconder suas dificuldades” (Gómes e Terán p. 193).
Portanto, a partir dos argumentos citados acima, fica claro que estes educandos necessitam de um ambiente educacional seguro e estimulante, onde os erros sejam permitidos e identificados como o caminho para o acerto.



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